Diário de Baltazar 2

    Lisboa, 31 Dezembro 1713

Querido Diário,

Passou num ápice a época natalícia e cai no esquecimento de te escrever, em casa eu e a minha Blimunda temos nos portado lindamente, não parámos ansiosos com medo de não ter tudo pronto para a época mais linda do ano mas com calma conseguimos terminar tudo a tempo e horas, tenho estado também tão atarefado no trabalho de volta de tanta carne  que o tempo para mim é quase nulo mas todo o esforço e dedicação é recompensado. Pois quando se fala da boa companhia da minha Mulher juntamente com as cores e a magia do natal a minha vida ganha um novo brilho e por momentos sinto me a pessoa mais rica e feliz do mundo. A véspera passou se tão rápido, talvez por ter sido passado feliz, comemos o típico bacalhau com as batatas que sabia maravilhosamente bem, no dia 25, saímos a rua e Lisboa estava linda, tinha ganho um novo encanto cheia de luzes e cores novas com arvores do tamanho de prédios, algo fenomenal. Sabes? As vezes estamos tão focados a viver e com contante pressa que não paramos para pensar o quão sorte temos em ter saúde e amor que sim, só isso importa, do que vale termos tudo e nada? Enfim… Espero que me perdoes e que para o ano seja mais um com conquistas e vitórias mas também erros e derrotas porque só isso nos faz crescer e perceber o quão importante é falhar, aprender e levantarmos nos mais fortes prontos para mais uma batalha.

Com os melhores cumprimentos do Baltazar e até Breve...

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